domingo, 11 de dezembro de 2022

Bora fujir ali?


Eu já percebia um pouco disso antes, mas depois que me tornei mãe, pude comprovar esta realidade cruel que parece ser tão comum ao nosso redor.

Digo a respeito de ver homens e mulheres desta sociedade moderna que não foram treinados para serem maridos, esposas,  pais nem mães, mas foram criados para simplismente existir, se tornando gente egoísta, egocêntrica e corcunda que só olha para o próprio umbigo.

Movidos por aquele velho discurso motivacional que ensina tudo errado, que você é sua profissão, total troca de valores: "Estude, faça uma faculdade para ser alguém na vida, e corra atrás de seus objetivos." 

E assim, meninos e meninas crescem só de corpo, mas continuam crianças em maturidade.
Vejo casais, pais e mães numa corrida desesperada para viverem sua "liberdade e individualidade roubada" pela família que formaram, e pelos filhos que tiveram e que os atrapalham de ser o que eles escolheram fazer.

Para uns, a fuga é a profissão: "preciso me sentir útil, prover para meu lar, dar o que não tive" e assim passam cada hora do dia imersos nisto; para outros o happy hour, "pois preciso de um tempo para mim";  outros a academia: "preciso cuidar da saúde para poder ver meus netos", para outros, é a igreja: " tenho que cumprir meu chamado",  e se envolvem em fazer tudo e mais um pouco em suas comunidades, e por aí vai, tudo em completo desajuste e desequilíbrio. 

Cada dia arrumando novas desculpas para não estarem de fato numa mesa fazendo as refeições junto a família com calma, sem celular e tendo assuntos em comum e alinhamento de planos.

Desculpas para não enfrentarem o trabalho árduo, porém o mais relevante da vida que é educar de fato, de estar perto,  cuidar com ações diárias, pegar no pesado, trocar, dar banho, preparar o leite de manhã, ajudar na lição de casa, sentar no chão para brincar do que a criança quiser, lavar um banheiro, estender uma roupa, ser auxílio, parceiro, cúmplice.

Preferem pular e desvalorizar esta maior e melhor escola da vida que trás maturidade verdadeira, para continuarem frenéticamente em suas ambições secretas e as nem tão secretas, obstinados e dominados pela seus desejos egoístas.

Pessoas assim não compartilham a vida. Mas lançam os pesos inteiros em cima de quem está do seu lado e vão correndo sozinhos em busca de suas realizações pessoais e aplausos. Os chamados por aí de "guerreiros". Será mesmo?!

Muitos destes, continuam o ciclo, fazendo que seus filhos achem isso tudo normal e deem sequência com seus netos.

Loucos! Quando o Senhor de todas as coisas voltar, ele perguntará:

-O que você fez com o que eu te dei e realmente importava?
-Onde está seu cônjuge? Está bem, foi cuidado por você, ou está detonado por lutar pela família sozinho?
-Onde estão seus filhos? Treinou? Esteve realmente presente, foi modelo e referência  ou só terceirizou para os avós, escola, visinhos, etc?
-Cuidou dos de fora. Cuidou de você mesmo e de seus sonhos achando que eram meus. Mas, e os de dentro da sua casa, como estão, estão inteiros ou em pedaços tentando prosseguir?

E ai? O que você vai responder?
O que você vai entregar?

Bora pensar e agir sobre isto!!!

As vezes as fugas são tantas, que nem percebemos que estamos fugindo da simplicidade que Deus fez para vivermos achando que estamos cumprindo o propósito.

Vai fugir até quando? 
Vai continuar se enganando? 

Porque a Deus você não engana mais.